2017: o Ano Internacional do Turismo Sustentável
Ideia é estimular o turismo rural e no Brasil o setor começa a ganhar destaque.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. Com este marco, a instituição promove o papel do turismo em cinco áreas-chave: crescimento econômico inclusivo e sustentável; inclusão social, emprego e redução da pobreza; eficiência de recursos, proteção do ambiente e alterações climáticas; valores culturais, diversidade e patrimônio; compreensão mútua, paz e segurança.
Segundo a ONU, será uma ótima oportunidade para promover o papel do turismo no crescimento econômico, inclusivo e sustentável e na defesa dos valores culturais. No Brasil, o meio rural pode ser um destino ideal para pessoas que querem fugir da correria da cidade e curtir a calmaria da natureza. Em Pernambuco, há roteiros turísticos extraordinários nas áreas rurais do Estado, com pacotes que incluem, trilhas radicais (bike, motocross e off Road), banhos de bica, piscinas naturais, trilhas ecológicas para caminhadas, cachoeiras, passeios de charrete, áreas ambientais preservadas, passeios de barco, locais apropriados para pescar, espaços com produção artesanal e gastronomia especial.
Destaque para os municípios de Goiana (Zona da Mata Norte); Itambé Zona da Mata Norte); Ribeirão (Zona da Mata Sul); Vicência (Zona da Mata Norte); Quipapá (Zona da Mata Sul); Paudalho (Zona da Mata Norte); São Benedito do Sul (Zona da Mata Sul); Saloá (Agreste); Bonito (Agreste); Sairé (Agreste); Gravatá (Agreste); Vitória (Zona da Mata); Serra Negra (Agreste); São Joaquim do Monte (Agreste); Bezerros (Agreste) e Brejo da Madre de Deus (Agreste).
Muitos agricultores familiares já contribuem com tal atividade. Além de produzir, não faltam exemplos de brasileiros que estão abrindo as portas de suas propriedades e ingressando no mercado do turismo rural. De acordo com a turismóloga do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF) Nathália Hallack, a definição de turismo rural tem uma relação direta com as atividades produtivas da propriedade e pode ser usado como uma fonte de renda complementar pelo agricultor.
A especialista explica que existe um enorme potencial da agricultura familiar nessa área no país. O estudo “Retrato do Turismo Rural No Brasil, com foco nos Pequenos Negócios”, realizado pelo Sebrae, mostra que o turismo rural conta com uma forte presença da agricultura familiar. Dos 122 empreendimentos que participaram da pesquisa, cerca de 88% são propriedades familiares. A pesquisa ainda mostrou que as atividades oferecidas estão fortemente ligadas ao cotidiano da agricultura familiar e visam apresentar aos visitantes os hábitos da vida no campo. Entre as atrações, as que se destacam são as visitas às áreas das propriedades e aos espaços de produção, com a integração do visitante às atividades rurais. Mais de 60% dos empreendimentos pesquisados ofereciam esse tipo de serviço.
É importante, entretanto, que os agricultores não deixem de lado suas atividades produtivas, como alerta a turismóloga Nathália Hallack: “O ideal é ir trabalhando o turismo aos poucos, vendo-o como fonte complementar de renda. Até mesmo para não perder as características, pois a originalidade do turismo rural está justamente na relação do homem com o campo”, explica.
O segmento tem crescido com o apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) especializada, oferecida em alguns estados, além de outras políticas públicas que têm a participação da Sead para os agricultores familiares que pensam em investir no setor, a exemplo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para impulsionar esse mercado, a Sead vai divulgar atrações, ações e políticas voltadas para o turismo rural. A ideia é estimular, valorizar e reconhecer projetos de diferentes regiões do país.
Com informações da Sead
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