O Sintape, por meio desta nota, vem expressar o mais profundo lamento pela morte violenta, da qual foi vítima uma companheira de luta pela igualdade de classes, raças e gêneros, a vereadora carioca do PSOL, Marielle Franco, na noite da última quarta-feira, 14, no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo manifesta solidariedade ao partido, familiares e amigos da ativista, que foi a quinta vereadora mais vota na cidade carioca, nas eleições de 2016.

Marielle, que tinha apenas 39 anos, foi morta com tiros na cabeça em seu carro quando voltava de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", no bairro da Lapa, onde falou da sua luta como ativista e a a difícil trajetória como mulher negra para entrar na vida política e alcançar a Câmara de Vereadores. Em sua fala, tinha enfatizado que ingressou na PUC/Rio, graças ao cursinho pré-vestibular comunitário na favela em que morava. Além dela, o motorista Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. A principal linha de investigação da polícia é de execução, já que os criminosos fugiram sem levar nada.

O PSOL cobrou rigor nas investigações para apurar as causas do homicídio. Marielle Franco havia criticado, recentemente, a ação supostamente violenta dos policiais na comunidade do Acari e acusado o 41° Batalhão da Polícia Militar de aterrorizar moradores da localidade. Em 28 de fevereiro, ela havia se tornado relatora da comissão destinada a acompanhar a controversa intervenção federal na cidade do Rio de Janeiro. “As circunstâncias de sua morte devem ser investigadas com rigor e os culpados punidos. O crime foi uma barbárie e um atentado contra a representação das classes menos favorecidas e oprimidas deste país. Segue em paz, companheira! Seu legado jamais será esquecido”, declarou Adailton Melo, presidente do Sintape.

Diretoria Sintape